Melhorar o mundo: a vocação da Igreja atual

Por Cristiano França
(Instagram: @cfeleito)

“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.” (Efésios 5:8)

A mudança para melhor que o mundo precisa, como eu sempre digo, não passa por políticos, governos humanos ou coisas assim. O mundo só vai melhorar de verdade, com grande efusão, a partir do momento em que a Igreja de Cristo passar a cumprir o chamado que o Senhor, ainda nos dias de Sua carne, atribuiu aos Seus eleitos:

Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mateus 5:14)

O grande problema que enxergo naqueles que se dizem “servos de Deus” ― na maioria, pelo menos ― é que estes são mais religiosos do que servos de fato. Quando paramos para observar a Igreja que está no mundo já há muitos séculos, só conseguimos avistar pessoas preocupadas em se tornarem prósperas financeiramente, barganharem a Salvação com Deus através de obras e sacrifícios (apesar de a Palavra dizer claramente que ela já nos foi dada e é pela Graça, não pelas obras), mais preocupadas com as cerimônias religiosas do que com o amor ao próximo e com os demais valores cristãos genuínos, enfim.

Para que uma lâmpada possa iluminar ela precisar estar ligada, assim como uma vela precisa estar acesa para trazer luz ao ambiente. Deste modo, para que a Igreja exerça a sua função primordial que é iluminar o mundo ela precisa ter a luz acesa em si mesma. E isto começa, necessariamente, pelos olhos. Vejamos:

“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.” (Mateus 6:22)

Quando os olhos estão iluminados, o corpo tem luz. E, se tem luz, está apto a iluminar. O grande problema é que a maioria das pessoas que frequentam as congregações mundo afora não tem a iluminação necessária em seus olhos espirituais, pois não conhecem a Palavra da Graça, que é o único Evangelho para este Novo Pacto e, sendo assim, é a única Palavra que tem o poder de iluminar os olhos dos eleitos, consequentemente fazendo o corpo ter luz para aclarar o mundo.

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.” (Efésios 1:17-18)

No versículo citado no início vemos Paulo dizer que somos filhos da luz. E, escrevendo aos Tessalonicenses, ele foi além e disse que somos filhos do Dia:

“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.” (1ª Tessalonicenses 5:5)

Na cruz foi inaugurado o Sétimo Dia ― usado pelo próprio Deus, profeticamente, como o Dia do Seu descanso (Gênesis 2:2). Este Dia “amanheceu” na segunda vinda de Jesus, no ano 70. Nós que nascemos com o Dia já amanhecido somos, portanto, filhos da luz, filhos do Dia Claro, e temos a obrigação de fazer com que a luz do Sol deste Dia Eterno esteja constantemente iluminando a Criação e, consequentemente, iluminando todo o contexto que nos cerca.

Quando vivemos a Palavra da Graça, espalhamos o seu conhecimento e fazemos o bem em nosso dia a dia, estamos iluminando e melhorando o mundo. Isto, como disse Paulo, é bom e proveitoso para toda a sociedade:

“…os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.” (Tito 3:8)

 

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