Por que devemos deixar as obras da Lei?

Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)


“Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” (Gálatas 3:10)

A resposta para a pergunta do tema parece óbvia, principalmente quando lemos este versículo utilizado no início do texto. Nele, Paulo deixa claro: quem está envolvido com as obras da Lei, seja um só requisito dela, está debaixo de maldição.

Apesar da obviedade da resposta, muitos acham “normal” manter certas práticas oriundas da Lei em suas vidas. Há alguns anos recebi um contato via e-mail de um pastor que dizia “pregar a Graça”. Em sua mensagem ele disse que apesar de conhecer a Graça ― e até defender alguns pontos em suas ministrações ― “não via problemas” em fazer uma “Santa Ceia” na sua congregação. Ele disse também que apesar de o batismo nas águas ter sido superado na cruz (note que ele conhecia a verdade), ele “não via problemas” em “batizar” uma pessoa que lhe pedisse para ser submetida às águas. Enfim, este pastor é mais um dos muitos que dizem pregar a Graça, mas fazem diversas concessões legalistas a fim de agradar às pessoas. A Palavra é muito clara sobre isto:

“Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1:10)

Neste caso, concluo que tais líderes que querem agradar a “gregos e troianos” não são verdadeiramente servos de Cristo, mas, sim, servos de homens.

Ainda sobre este pastor citado, ele disse que podemos estar em Graça e ainda assim praticarmos as cerimônias, pois isto não impedia de vivermos plenamente o Novo Pacto. Ele, inclusive, me acusou de ser um “legalista da Graça”, pois, segundo suas palavras, eu “proibia” as pessoas de praticarem as cerimônias.

É evidente que não vivemos em proibições. Sendo assim, o fato de não praticarmos nenhuma cerimônia da Lei (e nenhuma das práticas religiosas atuais que são inspiradas em seus conceitos) não é questão de “legalismo” nosso, mas, sim, de revelação. Ou seja: uma vez que nossos olhos foram iluminados, o fim da prática do cerimonialismo é apenas uma consequência deste nosso conhecimento.

Devemos abandonar as obras da Lei (e as práticas baseadas ou derivadas dela), porque se praticarmos um requisito sequer, estaremos obrigados a viver em todos:

“E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei.” (Gálatas 5:3)

A maldição da Lei pode não refletir — de forma aparente — na vida cotidiana das pessoas no mundo hoje, mas certamente afetará a nossa vida futura. Podemos inferir isto, pois a maldição das obras da Lei certamente afetará o Galardão no porvir. Afinal, a Salvação eterna é pela Graça, sem obras, e já nos foi dada; mas a recompensa que os eleitos receberão de Deus virá das práticas que realizarem nesta vida (2ª Coríntios 5:10). Desta maneira, quem possui obras sem valor (de “madeira, feno e palha.” — 1ª Coríntios 3:12 ao 15) sofrerá prejuízo, pois terá seus supostos méritos consumidos pelo “fogo” do Juízo de Deus; por outro lado, quem tem obras valorosas (de “ouro, prata e pedras preciosas”, isto é, fundamentadas no genuíno Evangelho) “…esse receberá galardão.” (1ª Coríntios 3:14).

SOMOS ABENÇOADOS!

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