A Vontade de Deus e os nossos desejos

Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)

“Deleita-te também no Senhor, e Ele TE CONCEDERÁ os desejos do teu coração.” (Salmos 37:4)

Acredito que uma das coisas que movem o nosso viver e nos fazem desejar o amanhã é o anseio que temos, enquanto humanos, de realizarmos aquilo que sonhamos nesta vida. É muito importante e saudável, portanto, que os filhos de Deus cultivem este fator essencial para a nossa evolução que é o ato de desejar. E, claro, almejando sempre o melhor para si mesmo e para aqueles que estão ao redor.

É muito bom sabermos que Deus, segundo a Sua vontade, está disposto a nos satisfazer. Não há dúvidas que Ele quer a nossa alegria:

“Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (João 16:24)

É importante frisar que nós não somos partidários da famigerada “Teologia da Prosperidade”. Não ensinamos a busca pura e simples pela prosperidade financeira, pois não é esta a essência do Evangelho. Aliás, esta busca desenfreada por bens materiais é mais uma das artimanhas criadas por este sistema religioso deturpado a fim de enganar e aprisionar as pessoas ao desejo puramente carnal de enriquecimento material, as ensinando a viver apenas em busca realizar todos seus desejos sem levarem em conta a soberania do Altíssimo.

Voltando ao tema central do texto, apesar de não termos como prioridade a busca pela prosperidade financeira, é importante sabermos que os desejos dos nossos corações podem ser realizados e que isto faz parte dos planos de Deus para nós. Como vimos no versículo citado no início, o Senhor nos chama a nos deleitarmos nele. Eu, particularmente, entendo isto como um chamado ao descanso. Deleitar-se no Senhor, agradar-se dEle é — por que não? — descansar em Seus braços. E quando fazemos isto, o Senhor garante: Ele estabelecerá o que a nossa alma deseja.

Neste caso, existe uma importantíssima variável que deve sempre ser levada em conta: A VONTADE DE DEUS. Todo o contexto bíblico deixa claro que tudo passa pela vontade do Eterno. Seja a Sua “vontade atuante” (onde Deus age e interfere diretamente nas circunstâncias) ou a “vontade permissiva” (onde Deus simplesmente permite que as coisas aconteçam). O fato é que muitas vezes temos desejos em nosso coração que vão contra os desígnios de Deus. Daí, precisamos ser guiados pelo Espírito para que entendamos quando isto acontece. Eu já tive experiências de desejos não realizados, apesar do meu descanso no Senhor. Por ser guiado pelo Espírito, na época percebi (algum tempo depois do acontecido) que meus desejos não haviam sido realizados porque, por algum motivo, eles iam contra o que Deus tinha reservado para mim. E o Senhor usou as próprias circunstâncias posteriores para me fazer entender isto. Enfim, devemos ficar atentos a este importante ponto.

Outro fator fundamental na questão dos desejos do coração é o pedir. No segundo versículo citado neste texto, Jesus disse: “Até agora, nada pedistes em meu nome!”. Pedir a Deus deve fazer parte de nosso cotidiano. O apóstolo Paulo fala da importância do ato de PEDIR para a realização de nossos desejos:

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam OS VOSSOS PEDIDOS conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças.” (Filipenses 4:6)

Pedir a Deus é uma atitude de Fé. E Ele, dentro de Sua vontade, sempre honra a nossa fé e nossos pedidos.

Em suma, os passos para realizarmos os desejos do coração são:

1) “ATIVAR” A FÉ (que vem à tona por ouvir a Palavra – Romanos 10:17)

2) PEDIR, AGRADECER E NÃO ANDAR ANSIOSO (João 16:24; Filipenses 4:6).

3) LEVAR EM CONTA A VONTADE DE DEUS (Isaías 46:10).

4) DESCANSAR NO SENHOR (Salmos 37:4).

Vale a pena crermos em Deus e seguirmos estes passos para realizarmos nossos desejos e termos as nossas alegrias satisfeitas.

Cientes da importância da vontade do Pai, devemos sempre sonhar. Como já disse, o desejo de realizar as coisas é que nos move a vida! Nosso Pai Eterno, dentro dos limites de Seu perfeito querer, sempre cumpre os desejos de nossas almas:

“Ele cumprirá o desejo dos que O temem…” (Salmos 145:19).

DEUS JÁ NOS ABENÇOOU!

Ensino e Revelação

Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)

“Como está escrito: ‘Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam’. Mas Deus revelou a nós pelo Espírito…” (1ª Coríntios 2:9 e 10)

Deus instituiu dons para alguns na Igreja a fim de edificá-la (Efésios 4:11-13). E sim, são dons — não cargos políticos ou empregatícios nas igrejas, muito menos títulos honoríficos. No meu modo de ver, tais dons devem seguir sendo exercidos para que o corpo de Cristo contemporâneo alcance a maturidade que o Eterno deseja de nós.

Paulo lançou o Fundamento da Nova Aliança para que outros construíssem sobre ele; e o apóstolo recomendou que os edificadores ficassem atentos à forma como fariam esta obra (1ª Coríntios 3:10). Como alguém que procura edificar sobre o fundamento paulino, tenho exercido meu dom de ministrar o ensino da Doutrina. Ou seja, Deus me deu a graça de ter, entre outras incumbências, o chamado e a responsabilidade de ministrar a Palavra. Contudo, uma passagem bíblica me causava uma grande inquietação:

“Porque esta é a Aliança que firmarei (…) na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei (…) e serão o meu povo. E NÃO ENSINARÁ JAMAIS cada um ao seu próximo…” (Hebreus 8:10 e 11)

Sempre que lia este versículo eu me perguntava: “Se no Novo Pacto ninguém precisa mais ensinar, qual o papel dos mestres? Por que Deus instituiu este dom para a Igreja?”. Bem, o que para mim parecia um contrassenso, na verdade não o é; e após algum tempo meditando nesta aparente contradição, o Espírito me iluminou o caminho. O fato é que a função de quem exerce o mestrado é ensinar a letra do Evangelho, isto é, aquilo que está escrito:

“Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a NÃO IR ALÉM DO QUE ESTÁ ESCRITO…” (1ª Coríntios 4:6)

Porém, a revelação que advém do texto bíblico (ou seja, o ensino de fato) é dado pelo Espírito. Não é o homem quem revela.

Acho importante entendermos a função dos mestres, pois o processo de iluminação dos olhos passa pelo exercício do mestrado, porquanto é por este dom que vem o fundamento escrito. Depois, munido da presença da letra na mente, o Espírito do Senhor retira o véu para que o entendimento dos eleitos fique claro.

Com a compreensão da relação entre ensino e revelação, algumas coisas ficam mais tangíveis. Afinal, muitos já me perguntaram por que alguns conhecem tanto a Bíblia, mas não conseguem entender a Graça. Isto, claro, acontece porque o Espírito não abriu o entendimento. Na história bíblica nós vemos o caso clássico de Lídia que era uma mulher temente a Deus, mas que até o encontro com Paulo não tinha tido o entendimento aberto para a Palavra da Graça. Ou seja, Paulo pregou (dom de mestre), mas quem ENSINOU foi o Senhor:

“E certa mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, que era temente a Deus, nos escutava e O SENHOR LHE ABRIU O CORAÇÃO para atender às coisas que Paulo dizia.” (Atos 16:14)

Durante minha experiência de ministrar a Palavra já passei por muitas coisas. Uma das mais importantes foi quando uma pessoa disse o seguinte sobre a Graça: “Pode me mostrar na Bíblia que eu não aceito!”. Isto me chocou muito, mas quando consegui enxergar esta relação do ensino com a revelação, pude perceber que isto aconteceu porque Deus não tinha aberto o coração daquela pessoa.

O ensino da Palavra é um processo realmente trabalhoso, pois além de termos em primeiro lugar a VONTADE de Deus em querer revelar (algo que está totalmente fora de nossa alçada), o mestre tem que apresentar a letra de forma correta, coerente, dentro dos devidos contextos e o ouvinte precisa estar com o coração preparado para receber a letra — isto é, sem preconceitos, tradições etc. — para, aí sim, receber do Espírito a revelação no entendimento.

SOMOS ABENÇOADOS!


 

Cristo em nós é suficiente

Por Cristiano França
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“Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória.” (Colossenses 1:27)

Uma das ideias mais presentes no meio do sistema religioso denominado “cristão” é a noção — absolutamente equivocada — de que todo aquele que se propõe a servir a Deus deve se esforçar para obter as bênçãos espirituais que, na realidade, por intermédio de nosso Senhor Jesus, já nos pertencem:

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1:3)

O que acabamos de ler, que Paulo escreveu à igreja dos efésios, não deixa nenhuma margem para dúvidas a respeito das bênçãos: elas já nos pertencem; já estão em nosso espírito. E por que podemos afirmar isto? Porque o Espírito de Jesus Cristo habita em nosso homem interior:

“Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com Ele.” (1ª Coríntios 6:17)

Por isso afirmamos em nosso Ministério que uma pessoa não precisa de nenhum artifício (correntes, campanhas, “óleo ungido”, “oração forte” etc.) para alcançar a manifestação de uma bênção, pois tudo que precisamos pode se manifestar, segundo a vontade de nosso Pai, apenas por meio da Fé, manifestada através do ato de pedir:

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças.” (Filipenses 4:6)

A presença de Cristo não só nos isenta dos tolos sacrifícios e demais artimanhas da religião para a obtenção da manifestação de bênçãos nesta vida terrena. Através da morada perene do Senhor em nós, na verdade, temos a plena suficiência em todas as coisas:

“E estais perfeitos nEle, que é a cabeça de todo o principado e potestade.” (Colossenses 2:10)

“Perfeitos” neste texto, no grego, significa literalmente “pleno”, “completo”, “amplamente suprido”, “enchido até o topo”. Ou seja: do ponto de vista espiritual, nada nos falta. E isto nos remete à promessa contida no Salmo 23:1:

“O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.”

Um grande exemplo do que a presença de Cristo nos livra é o famigerado jejum de alimentos:

“E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos das bodas jejuar enquanto está com eles o esposo? ENQUANTO TÊM CONSIGO O ESPOSO, não podem jejuar.” (Marcos 2:19)

No contexto Jesus disse que eles só poderiam jejuar nos dias em que Ele fosse retirado (referindo-Se, obviamente, ao período subsequente à Sua morte, até o Seu reaparecimento aos discípulos). Hoje, como já vimos neste texto, o Esposo está conosco; não devemos, portanto, jejuar. Cristo em nós nos é suficiente. Nele estamos completos. Não precisamos de nenhum subterfúgio religioso. Se nós somos santos diante de Deus, salvos eternamente, abençoados — e nEle somos tudo isso e muito mais! —, é porque Cristo habita em nós. Toda glória, pois, a Ele eternamente!

DEUS JÁ NOS ABENÇOOU!

 

O Ministério do Espírito

Por Cristiano França
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“Como não será de maior glória o Ministério do Espírito?” (2ª Coríntios 3:8)

A insistência de nosso Ministério em alertar os eleitos de Deus a respeito do mal que representa a prática das obras da Lei vem exatamente do conhecimento que recebemos da parte do Altíssimo, através de Seu Evangelho genuíno, de que o ministério dado a Moisés foi um mover de condenação e morte:

“E, se o ministério da mortegravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.” (2ª Coríntios 3:7 ao 9)

O que podemos perceber nos âmbitos do sistema religioso é um sentimento constante de culpa — e posso falar com bastante propriedade, pois passei mais de vinte anos me dedicando ardentemente à religião evangélica. Todas as pessoas submetidas às obras da Lei (jejuns, dízimos, sábados, “Santa Ceia” etc.) e, consequentemente, ao ministério da morte e da condenação, dificilmente se veem salvas (muito menos salvas para sempre), abençoadas (apenas circunstancialmente, quando estão de bem com a vida, com “dinheiro no bolso” e saudáveis), em paz com Deus, livres do pecado e, por conseguinte, livres de toda condenação (Romanos 8:1) etc. Tais pessoas, por outro lado, se veem longe de Deus, inadequadas, pecadoras, ainda sem Salvação eterna, entre outras coisas terríveis. Este tipo de mentalidade religiosa não poderia ser diferente, uma vez que as pessoas envolvidas com a Lei de Moisés estão à mercê de um ministério condenador.

As obras da Lei fazem o povo de Deus ser guiado por ordenanças e cerimônias, e não pelo Espírito:

“Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da Lei.” (Gálatas 5:18)

Das duas, uma: ou você é guiado pelo Espírito ou é guiado pela Lei (e religiosidades em geral). Não tem meio-termo. E ser conduzido pelo Santo Espírito de Deus é ser direcionado por Sua Palavra (da Nova Aliança) revelada em nosso entendimento e não por mandamentos dados para a carne.

A Lei foi um ministério dado para matar espiritualmente, pois ela veio para diagnosticar a condição do homem antes da cruz:

“Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei.” (1ª Coríntios 15:56)

A Graça, por Sua vez, é o Ministério que trouxe vida — e Vida Eterna! — a todo o povo de Cristo:

“…Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10)

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.” (João 6:47)

“Para que, sendo justificados pela Sua Graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.” (Tito 3:7)

O Ministério do Espírito (Ministério da Graça de Deus) é, sem qualquer sombra de dúvidas, infinitamente superior ao ministério da morte:

“Mas agora alcançou ele Ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.” (Hebreus 8:6)

Por isso agradecemos ao Eterno todos os dias por ter nos tirado do lamaçal das obras da Lei e nos conduzido ao Ministério da Justiça.

DEUS JÁ NOS ABENÇOOU!

 

 

 

Os falsos “evangelhos da Graça”

Por Cristiano França
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“Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus.” (Atos 20:24)

O apóstolo Paulo foi levado por Cristo ao Terceiro Céu para, segundo ele, ouvir do Senhor “palavras inefáveis” (2ª Coríntios 12:4). O próprio apóstolo, aliás, diz que sequer deveria tê-las ouvido por se tratar de revelações incomensuravelmente preciosas. O entendimento que Paulo recebeu de Jesus Cristo Ressuscitado no Paraíso foi denominado por ele, como podemos ver no versículo inicial do texto, de Evangelho da Graça devido à principal característica da Mensagem, a saber, a explanação perfeita de tudo que Cristo realizou no Calvário e concedeu gratuitamente ao Seu povo. Não por acaso, Paulo chamou a sua pregação também de Palavra da Cruz (1ª Coríntios 1:18).

Durante muitos anos, ao longo do tempo em que pertenci ao sistema religioso Batista tradicional, eu ouvi falar da Graça de maneira muito tímida. E na congregação pentecostal, onde passei a maior parte da minha vida religiosa, nem mesmo um pequeno fragmento deste conceito era citado. Hoje em dia, como costumo dizer, pregar a Graça virou “moda”, ou seja, atualmente todo mundo diz que prega a “graça”. Mas, será que o genuíno Evangelho revelado a Paulo está mesmo sendo pregado?

Antes de qualquer outra coisa acho importante dizer que, para mim, não existe um ministério ou pregador contemporâneo que conheça de maneira plena a Mensagem da Graça. Na verdade, no meu modo de ver, somente Paulo recebeu plenamente a Revelação, pois Ele foi o único até hoje que esteve com Cristo no Terceiro Céu para receber diretamente de Sua boca a verdade para este Novo Pacto (apesar de alguns que hoje afirmam que foram “arrebatados” por Deus assim como Paulo ou que estiveram “pessoalmente” com o Espírito Santo para receberem a revelação da Graça, ente outras aberrações. Obviamente, tais afirmações não passam de mentiras de líderes fraudulentos). Nós que atualmente procuramos edificar sobre o fundamento que Paulo deixou estamos apenas tateando, buscando nos aproximar o máximo possível de genuína Revelação ― ao menos esta deveria ser a postura de todos que evocam para si a alcunha de “pregadores da Graça de Deus”.

Temos que aprender a filtrar todas as “graças” que são pregadas mundo afora para sabermos se estão próximas ou não da genuína Mensagem paulina. Por exemplo: há certa denominação famosa aqui no Brasil ― que tem “Graça de Deus” em seu nome ―, onde o líder afirma, dentre outras heresias, que é possível um filho de Deus “perder a Salvação eterna”. Definitivamente este tipo de ensino está totalmente alheio ao que o Eterno nos revela por meio da Palavra da Graça.

Como já disse, entendo que ninguém tem cem por cento do conhecimento da Graça. Contudo, penso que, mesmo assim, é possível considerar um ministério como sendo verdadeiramente da Graça apenas pelo seu esforço em se manter distante de certos conceitos. Em outras palavras, no meu modo de ver, ainda que nenhum ser humano hoje em dia tenha o pleno conhecimento da Revelação do Novo Pacto, é possível reconhecermos uma doutrina como sendo genuína. Para isto, basta observarmos se certos elementos heréticos estão fora de seu escopo. Vejamos alguns exemplos:

1) Dízimo

O apóstolo Paulo e os demais apóstolos (nem mesmo eles!) nunca falaram que o Dízimo devia ser praticado pela Igreja. Qualquer pregador atual que defenda tal prática não pode ser considerado um propagador da genuína Mensagem da Graça.

2) Ensino sobre a existência do suposto inferno espiritual de fogo eterno

Paulo nunca falou da existência deste “inferno espiritual de fogo eterno” criado pela religião. Aliás, em nenhum lugar da Bíblia encontramos respaldo para tal entendimento.

3) Santa Ceia

Os termos “Santa Ceia” e “Eucaristia” sequer são encontrados na Bíblia. O que vemos no texto bíblico é a Ceia do Senhor, que nada mais foi do que a última Páscoa judaica que Jesus de Nazaré praticou com Seus discípulos antes de Sua morte, onde Ele aproveitou para transmitir a eles um dos maiores conceitos da vida cristã ― conceito este totalmente deturpado pela Igreja dos Coríntios, diga-se de passagem. Ou seja, em momento algum Jesus de Nazaré estava instituindo uma “nova cerimônia” para o Novo Pacto, como alguns afirmam.

(Recomendo nosso estudo “A verdadeira Ceia do Senhor” que se encontra em nosso canal no Youtube).

4) Línguas “estranhas” pentecostais (e similares)

Esta é uma das maiores anomalias doutrinárias já criadas no meio religioso. Tais “línguas” (faladas pelos pentecostais, católicos carismáticos e algumas denominações que se dizem “da Graça”) não se encontram na Bíblia. O dom de línguas genuíno é aquele em que os indivíduos falam, por meio do poder do Espírito Santo, um idioma terreno que eles não dominam. Recomendo nosso estudo no Youtube (em dois vídeos) sobre este tema: “A verdade sobre o dom de línguas”.

5) Cair no poder de Deus

Esta prática maldita é mais um dos frutos podres advindos do sistema pentecostal. Infelizmente, vários ministérios que se dizem “em Graça” têm esta heresia como exercício comum em suas reuniões.

Enfim, se encontrarmos em uma doutrina uma ou mais destas teses heréticas (lembrando que estes exemplos citados acima são algumas das heresias existentes; há muitas outras no meio dos que se dizem “pregadores da Graça”), devemos rechaçá-la totalmente, já que, como o próprio apóstolo dos gentios afirmou:

“Um pouco de fermento leveda a massa toda.” (Gálatas 5:9)

DEUS JÁ NOS ABENÇOOU!