Por Cristiano França
(Instagram: @cfeleito)
“Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus HABITA em vós?” (1ª Coríntios 3:16)
Durante os anos em que pertenci ao sistema religioso evangélico convencional eu temi e me entristeci por “não ter o Espírito Santo” em minha vida. Ou melhor: por pensar que eu não tinha o Espírito do Senhor em mim. Temi, porque pensava que não seria salvo, pois no meu entendimento o Senhor ainda não me havia “batizado” com Seu Espírito. E eu me entristecia porque via algumas pessoas na congregação falando em “línguas” (as falsas “línguas estranhas” propagadas pelos pentecostais e afins) e eu não conseguia expressar os mesmos delírios supostamente espirituais (que são manifestações carnais, na verdade).
Segundo as tais denominações pentecostais e neopentecostais só possui o Espírito Santo e, consequentemente, só é batizado Nele quem fala em línguas, mas isto não é verdade. Paulo, o apóstolo que mais ensinou sobre os dons do Espírito, põe para fins de retórica as seguintes questões:
“Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? São todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar? Falam todos em línguas? Interpretam todos?” (1ª Coríntios 12:29-30)
Evidentemente, a resposta para todas estas perguntas feitas pelo apóstolo é NÃO. Ou seja, assim como nem todos são apóstolos, nem todos são profetas e nem todos são mestres, nem todos falam em línguas estranhas (idiomas estrangeiros) pelo Espírito. O sistema religioso, erroneamente, conclui que só é batizado no Espírito Santo quem fala as falsas línguas pentecostais, porque na Igreja primitiva as línguas (as genuínas, que eram idiomas terrenos) foram o principal sinal de que o Espírito tinha batizado as pessoas. Porém, as línguas estrangeiras não eram o único sinal da presença do Espírito; eram apenas o mais visível. E só.
Os eleitos de Deus que nasceram a partir do Novo Pacto já nasceram com a Nova Aliança totalmente estabelecida e, claro, já vieram a este mundo batizados com o Espírito Santo de Deus. Assim sendo, obviamente, já nasceram possuindo a Sua santa presença habitando dentro de si. E é aqui que mora o grande problema da visão religiosa sobre a presença do Espírito na vida do povo de Deus.
Hoje em dia, por ainda terem suas mentes presas no Antigo Pacto, as pessoas no meio da religião não compreendem o conceito de habitação. Ou seja, por mais claro que esteja escrito na Bíblia que o Espírito do Senhor HABITA em nós (como vimos no versículo inicial), as pessoas continuam acreditando que o Espírito apenas “faz visitas” em suas vidas. Neste caso, pergunto: você faz visitas em sua própria casa? É claro que não! A visita vem à nossa casa, mas logo vai embora. Ora, nós somos a habitação, a casa, do Espírito de Deus; Ele mora em nós e jamais vai embora! Na Antiga Aliança as pessoas não gozavam da presença constante do Espírito Santo; elas apenas experimentavam pequenas e rápidas “visitas” quando Ele vinha sobre elas a fim de realizar algo muito específico. Por isso que era comum naquela época pedir a Deus que não retirasse o Seu Espírito (Salmos 51:11). Em pleno Novo Pacto não faz mais sentido dizermos que o Espírito apenas nos “visita” ou pedirmos que Ele não saia, pois O mesmo faz morada para sempre em nossas vidas. Não tenham dúvidas: a Promessa feita em Joel 2:28 já está cumprida.
SOMOS ABENÇOADOS!
PS: Recomendo a leitura do texto: “Selados para sempre desde o ventre“. CLIQUE AQUI para ler.
Arquivos Mensais:outubro 2019
A gratidão apraza a Deus
Por Cristiano França
(Instagram: @cfeleito)
“A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus COM GRATIDÃO em vossos corações.” (Colossenses 3:16)
Todos os seres humanos possuem más obras na carne e a maioria das debilidades da natureza humana prejudica apenas a própria pessoa. Assim, se tivesse que diferenciar os defeitos carnais, eu os colocaria em duas classes: os que prejudicam apenas o “dono” do defeito e os que prejudicam também as outras pessoas. Estes últimos, em minha opinião, são incomparavelmente piores, pois envolvem terceiros. E nesta classe dos piores defeitos a INGRATIDÃO tem da minha parte um grande destaque. Em outras palavras: para mim, a falta de gratidão é um dos defeitos mais terríveis que uma pessoa pode ter, pois, além de denotar uma péssima índole, normalmente faz brotar muita tristeza no coração de quem deveria receber gratidão e fica privado dela.
A gratidão é uma bela qualidade que, assim como o perdão, traz grande empatia entre as pessoas e ativa sentimentos muito positivos. Não é por acaso que a Palavra do Senhor é muito enfática quanto a este assunto. E por causa desta ênfase da Palavra em relação à gratidão, eu diria que esta qualidade no homem é uma das que mais dão prazer ao coração do Senhor.
Uma pessoa que tem a gratidão como característica é alguém que sabe reconhecer o esforço alheio a seu favor e é humilde o suficiente para saber que nós precisamos uns dos outros. E isto em relação a Deus deve ser ainda mais intenso, uma vez que nenhum ser humano fará algo por nós como Deus já fez. Por isso a insistência de Paulo em falar sobre a gratidão e em orientar as igrejas a serem gratas ao Pai:
“Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ações de graças.” (Colossenses 2:7)
“Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus.” (2ª Coríntios 4:15)
“Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças que se dão a Deus.” (2ª Coríntios 9:12)
E não é somente Paulo que nos ensina a sermos gratos ao Senhor por todos os benefícios que Ele nos concedeu — e ainda concede:
“Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.” (Salmos 100:4)
Algo importante que devemos frisar é que a gratidão também é uma atitude de Fé, uma vez que devemos ser gratos desde o momento de nossas petições, ou seja, antes mesmo de vermos as bênçãos que pedimos ao Eterno serem manifestadas. O apóstolo Paulo deixa muito claro quando escreve aos Filipenses sobre a luta contra a ansiedade: a gratidão a Deus deve estar no coração assim que externamos ao Pai as nossas necessidades:
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Filipenses 4:6)
Nunca perca a oportunidade de agradecer o Senhor em TUDO (1ª Tessalonicenses 5:18), pois, como já dissemos, a gratidão é uma atitude de humildade e reconhecimento que certamente vem do homem interior (espírito) e por isso, sem dúvida alguma, agrada o nosso Pai. Portanto, jamais permitam que a carne os domine a ponto não serem gratos até mesmo pelas mais simples manifestações de Deus em suas vidas.
“E a paz de Deus (…) domine em vossos corações; e sede agradecidos.” (Colossenses 3:15)