Por Cristiano França
(Instagram: @cfeleito)
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que TUDO SE FEZ NOVO.” (2ª Coríntios 5:17)
Não é novidade para quem já está em Graça que a quantidade de absurdos ensinados pela religião que se diz cristã é realmente imensa e a cada passo que damos no conhecimento do Evangelho genuíno vemos as deturpações se avolumarem de tal maneira que muitos de nós que viemos do sistema religioso nos perguntamos como pudemos ter sido levados por tanta mentira.
Lembro-me de sempre ouvir nas congregações legalistas que pertenci que a frase “Tudo se fez novo” dito pelo apóstolo Paulo tinha relação com a vida da pessoa que “aceitava a Jesus” e que mudava o estilo de vida. Por exemplo: quando alguém deixava de fumar depois que “entrava para a igreja” as pessoas diziam: “O irmão Fulano fumava, mas depois que ‘se batizou’ ele se libertou do cigarro! Tudo se fez novo na vida dele!”. Ora, não obstante deixar de fumar ser algo extremamente positivo, o conceito real de tudo ter sido totalmente renovado por Jesus não tem absolutamente nada a ver com mudanças de hábitos oriundas de uma postura religiosa, por mais positivas que possam.
Quando damos uma atenção especial ao contexto do versículo que inicia este texto podemos observar muito claramente o que Paulo estava realmente falando:
“Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” (2ª Coríntios 5:15-19)
Que lições nós podemos tirar do contexto? Vejamos:
1) Não devemos mais conhecer a ninguém segundo a carne. Por quê? Porque a carne é Adão, e este já passou. O Adão espiritual (1ª Coríntios 15:45) já Se manifestou e, melhor, já morreu e ressuscitou. Ou seja, a natureza adâmica (carne) e todo o contexto anterior à cruz é que são as tais “coisas velhas” que já passaram.
2) Uma vez que a carne já foi desfeita na cruz (Romanos 6:6), o pecado também se tornou obsoleto, não trazendo mais condenação. Por isso que, como vimos acima em 2ª Coríntios 5:19, Deus não imputa mais os pecados cometidos pela carne. Isto também já é passado!
3) Ser nova criatura não é ser alguém que teve suas atitudes modificadas pela disciplina religiosa. Não! Ser uma nova criatura é ter sido separado da carne pela obra realizada na cruz, é ser alguém com o espírito vivo e que possui a presença do Espírito Santo dentro de si.
4) Entendemos que “estar em Cristo” não é ingressar em uma denominação humana chamada de “igreja”. Por tudo que vimos até aqui, estar em Cristo é não estar mais “em Adão”, ou seja, é estar depois da cruz, com a Obra redentora já totalmente realizada. Deste modo, podemos dizer que todos os eleitos, independentemente de sua situação humana, já estão em Cristo, pois já estão no Novo Pacto plenamente estabelecido.
Através do contexto apresentado pudemos ver o que significa verdadeiramente a frase “Tudo se fez novo” que Paulo falou, a saber: hoje não estamos debaixo do pecado, não estamos debaixo da Lei, não vivemos em condenação e o povo do Senhor não está submetido ao primeiro Adão. Da cruz em diante tudo se renovou e a Criação passou a estar em Cristo ― o último e definitivo Adão.
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Servir a Deus: uma honra, um privilégio
Por Cristiano França
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“Paulo, SERVO DE JESUS CRISTO, chamado para ser apóstolo, separado para o Evangelho de Deus.” (Romanos 1:1)
Quando leio o início da epístola aos Romanos consigo enxergar a satisfação de Paulo em se declarar servo de Cristo. E, por mais contraditório que possa parecer, a palavra “servo” neste texto vem do grego “doulos” que significa, literalmente, escravo. Esta aparente contradição vem do próprio espírito do Evangelho da Graça que sempre evoca a liberdade como uma de suas maiores bandeiras. Na carta aos Gálatas, por exemplo, Paulo faz questão de deixar clara a posição da Igreja nesta Nova Aliança:
“Portanto, já não és mais servo (“doulos”; escravo), mas filho; e se és filho, és também herdeiro por Deus.” (Gálatas 4:7)
Se não somos mais servos como Paulo afirma, por que o próprio apóstolo se posiciona exatamente como SERVO do Senhor?
É importante entendermos que no contexto da carta escrita para a igreja da Galácia Paulo está buscando orientar os irmãos destinatários da epístola a se afastarem das obras da Lei de Moisés e, consequentemente, do legalismo dos homens desviados da verdade. Se nos atentarmos para este detalhe, poderemos discernir facilmente que quando Paulo diz que não somos mais servos (escravos) é em relação às obras da Lei. Uma vez que já fomos mortos para o Antigo Pacto (Romanos 7:4), não faz sentido ficarmos presos em todas aquelas ordenanças, como muitos hoje em dia, lamentavelmente, ainda estão por pura falta de entendimento (Oséias 4:6).
A palavra “doulos”, além de significar “escravo” em seu sentido literal, também pode expressar, por extensão de sentido, uma “pessoa que se dedica a outra em detrimento de seus próprios interesses” ou, simplesmente, “funcionário”. Entendo que quando se refere a servir a Deus, Paulo está fazendo uma alusão a este sentido da palavra servo.
Muitas pessoas não se dão conta do estupendo privilégio que é o fato de sermos funcionários do Senhor. Depois da Salvação, trabalhar para o Criador é a maior prerrogativa que um eleito pode possuir, pois servi-lO nos traz o Galardão ― que é um adendo muito importante para a nossa eternidade. E o privilégio está no fato de que nem todos os eternamente salvos serão galardoados (1ª Coríntios 3:8-15). Por causa disso, servir a Deus é algo de uma relevância indizível.
A Salvação nos foi dada pela Graça sem a necessidade de obras (Efésios 2:8-9). Quanto a isto, não há discussão. Mas a recompensa individual de cada um será segundo o que fizermos na Obra do Senhor. Por isso, é de suma importância para a nossa vida espiritual que, após obtermos o entendimento do Evangelho, busquemos a nossa posição no Reino de Deus, a fim de O servirmos em espírito e em verdade. É uma pena quando vemos pessoas que, ao receberem a revelação do Evangelho da Graça, confundem-se e desviam-se do objetivo maior do eleito que é ser útil ao Pai dos espíritos.
Como muitos sabem, fui batizado na Igreja Católica Romana, mas praticamente nasci dentro do movimento chamado evangélico, pois, logo após meu batismo católico, minha mãe se converteu a uma denominação pentecostal. E, desde que me entendi como pessoa, passei a me envolver muito com o trabalho nas denominações em que fiz parte; e sempre lutei muito pelas bandeiras que defendia. Para glória de Deus, quando a iluminação da Graça chegou aos meus olhos espirituais, ao invés de descuidar-me de minha posição como obreiro do Reino, minha responsabilidade se multiplicou (e muito!), pois eu entendi a importância de o conhecimento da Graça ser propagado, para que outras vidas fossem libertas, assim como eu fui.
Certamente, o que mais me motiva a colocar a “faca nos dentes” e lutar pelo avanço da Mensagem da Graça é entender a magnitude e a importância do que é servir a Deus. Quando se entende isto de verdade, não há como ser relapso com a Obra que o Altíssimo preparou de antemão para nós (Efésios 2:10).
Melhorar o mundo: a vocação da Igreja atual
Por Cristiano França
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“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.” (Efésios 5:8)
A mudança para melhor que o mundo precisa, como eu sempre digo, não passa por políticos, governos humanos ou coisas assim. O mundo só vai melhorar de verdade, com grande efusão, a partir do momento em que a Igreja de Cristo passar a cumprir o chamado que o Senhor, ainda nos dias de Sua carne, atribuiu aos Seus eleitos:
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mateus 5:14)
O grande problema que enxergo naqueles que se dizem “servos de Deus” ― na maioria, pelo menos ― é que estes são mais religiosos do que servos de fato. Quando paramos para observar a Igreja que está no mundo já há muitos séculos, só conseguimos avistar pessoas preocupadas em se tornarem prósperas financeiramente, barganharem a Salvação com Deus através de obras e sacrifícios (apesar de a Palavra dizer claramente que ela já nos foi dada e é pela Graça, não pelas obras), mais preocupadas com as cerimônias religiosas do que com o amor ao próximo e com os demais valores cristãos genuínos, enfim.
Para que uma lâmpada possa iluminar ela precisar estar ligada, assim como uma vela precisa estar acesa para trazer luz ao ambiente. Deste modo, para que a Igreja exerça a sua função primordial que é iluminar o mundo ela precisa ter a luz acesa em si mesma. E isto começa, necessariamente, pelos olhos. Vejamos:
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.” (Mateus 6:22)
Quando os olhos estão iluminados, o corpo tem luz. E, se tem luz, está apto a iluminar. O grande problema é que a maioria das pessoas que frequentam as congregações mundo afora não tem a iluminação necessária em seus olhos espirituais, pois não conhecem a Palavra da Graça, que é o único Evangelho para este Novo Pacto e, sendo assim, é a única Palavra que tem o poder de iluminar os olhos dos eleitos, consequentemente fazendo o corpo ter luz para aclarar o mundo.
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.” (Efésios 1:17-18)
No versículo citado no início vemos Paulo dizer que somos filhos da luz. E, escrevendo aos Tessalonicenses, ele foi além e disse que somos filhos do Dia:
“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.” (1ª Tessalonicenses 5:5)
Na cruz foi inaugurado o Sétimo Dia ― usado pelo próprio Deus, profeticamente, como o Dia do Seu descanso (Gênesis 2:2). Este Dia “amanheceu” na segunda vinda de Jesus, no ano 70. Nós que nascemos com o Dia já amanhecido somos, portanto, filhos da luz, filhos do Dia Claro, e temos a obrigação de fazer com que a luz do Sol deste Dia Eterno esteja constantemente iluminando a Criação e, consequentemente, iluminando todo o contexto que nos cerca.
Quando vivemos a Palavra da Graça, espalhamos o seu conhecimento e fazemos o bem em nosso dia a dia, estamos iluminando e melhorando o mundo. Isto, como disse Paulo, é bom e proveitoso para toda a sociedade:
“…os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.” (Tito 3:8)
O Céu e a Terra passaram
Por Cristiano França
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“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mateus 24:35)
A espantosa maioria das pessoas que se rotulam como cristãs desconhece que os acontecimentos profetizados por Jesus de Nazaré ― que estão registrados, por exemplo, no capítulo vinte e quatro do livro histórico de Mateus ― já se consumaram. Devido à má interpretação que o sistema religioso faz das profecias de Jesus direcionadas aos judeus de Sua época (e não à Igreja no futuro), muitos hoje em dia ainda estão, erroneamente, à espera do cumprimento de Suas predições.
O verbo “passar” em Mateus 24:35 vem do grego “parerkomai” (παρέρχομαι) e significa algo como: “pessoas que se deslocam para frente”, “ato de continuar” (principalmente em relação à passagem do tempo), “passar por” etc. A maioria interpreta o “passar” como “ser destruído”. Mas, à luz do Evangelho, o entendimento de que o céu e a terra serão aniquilados não faz o menor sentido:
“Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra permanece para sempre.” (Eclesiastes 1:4)
Deste modo, a interpretação perfeita do que Jesus disse a respeito do céu e da terra é que eles continuariam ao longo do tempo. Cristo assegurou que o céu e a terra iriam seguir, isto é, passar de daquela geração e seguir eternamente para as demais gerações futuras, mas as Suas palavras proféticas iriam se cumprir no tempo determinado. E se cumpriram de fato.
Na cruz, Jesus cumpriu tudo aquilo que a Lei exigia e ressuscitou para que fôssemos justificados:
“O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Romanos 4:25)
Após a ressurreição de Cristo ainda faltava se cumprir o “terceiro ato” da Salvação, a saber, a Sua vinda triunfante em Seu Reino. Sendo assim, havia de se cumprir o que costumo chamar de Período de Transição entre a Lei e o estabelecimento definitivo da Graça, pois as profecias de Jesus de Nazaré tinham uma época certa para se realizarem ― o ano 70 depois de Cristo ― e até que este tempo chegasse a Lei ainda era venerada e cumprida plenamente no Templo da religião judaica. Com o cumprimento de tudo que Jesus previu, chegou para o mundo o tempo da reforma de todas coisas:
“Que é uma parábola para o tempo presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até o tempo de reforma.” (Hebreus 9:9-10)
Com a destruição da Cidade de Jerusalém e a queda do Templo no ano 70, a Lei teve o seu fim definitivo e a reforma se concluiu. E como Jesus havia dito, o céu e a terra passaram por este período, alcançando a plenitude da Graça, onde a Criação finalmente pôde ser liberta do cativeiro da corrupção, como Paulo havia profetizado:
“Porquanto a Criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria Criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” (Rom. 8:20-21)
A redenção da Criação começou na cruz quando todo o cosmos fora reconciliado por Cristo (2ª Coríntios 5:19) e se concluiu no retorno de Cristo em Juízo sobre Israel no septuagésimo ano da era cristã. Os céus e a terra passaram de uma realidade de escuridão e separação de Deus para estarem mais uma vez unidas ao Seu Criador e livres do cativeiro do Antigo Pacto.
Jesus já renovou todas as coisas! Já vivemos em uma Nova Criação!
“…As coisas velhas já passaram; eis que TUDO SE FEZ NOVO.” (2ª Coríntios 5:17)
TUDO JÁ FOI CONSUMADO! SOMOS ABENÇOADOS!
PS: Recomendo nossos estudos de Escatologia Consumada. Você pode assistir a todos neste link => http://bit.ly/2kE17Kb
O Espírito Santo não faz “visitas”
Por Cristiano França
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“Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus HABITA em vós?” (1ª Coríntios 3:16)
Durante os anos em que pertenci ao sistema religioso evangélico convencional eu temi e me entristeci por “não ter o Espírito Santo” em minha vida. Ou melhor: por pensar que eu não tinha o Espírito do Senhor em mim. Temi, porque pensava que não seria salvo, pois no meu entendimento o Senhor ainda não me havia “batizado” com Seu Espírito. E eu me entristecia porque via algumas pessoas na congregação falando em “línguas” (as falsas “línguas estranhas” propagadas pelos pentecostais e afins) e eu não conseguia expressar os mesmos delírios supostamente espirituais (que são manifestações carnais, na verdade).
Segundo as tais denominações pentecostais e neopentecostais só possui o Espírito Santo e, consequentemente, só é batizado Nele quem fala em línguas, mas isto não é verdade. Paulo, o apóstolo que mais ensinou sobre os dons do Espírito, põe para fins de retórica as seguintes questões:
“Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? São todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar? Falam todos em línguas? Interpretam todos?” (1ª Coríntios 12:29-30)
Evidentemente, a resposta para todas estas perguntas feitas pelo apóstolo é NÃO. Ou seja, assim como nem todos são apóstolos, nem todos são profetas e nem todos são mestres, nem todos falam em línguas estranhas (idiomas estrangeiros) pelo Espírito. O sistema religioso, erroneamente, conclui que só é batizado no Espírito Santo quem fala as falsas línguas pentecostais, porque na Igreja primitiva as línguas (as genuínas, que eram idiomas terrenos) foram o principal sinal de que o Espírito tinha batizado as pessoas. Porém, as línguas estrangeiras não eram o único sinal da presença do Espírito; eram apenas o mais visível. E só.
Os eleitos de Deus que nasceram a partir do Novo Pacto já nasceram com a Nova Aliança totalmente estabelecida e, claro, já vieram a este mundo batizados com o Espírito Santo de Deus. Assim sendo, obviamente, já nasceram possuindo a Sua santa presença habitando dentro de si. E é aqui que mora o grande problema da visão religiosa sobre a presença do Espírito na vida do povo de Deus.
Hoje em dia, por ainda terem suas mentes presas no Antigo Pacto, as pessoas no meio da religião não compreendem o conceito de habitação. Ou seja, por mais claro que esteja escrito na Bíblia que o Espírito do Senhor HABITA em nós (como vimos no versículo inicial), as pessoas continuam acreditando que o Espírito apenas “faz visitas” em suas vidas. Neste caso, pergunto: você faz visitas em sua própria casa? É claro que não! A visita vem à nossa casa, mas logo vai embora. Ora, nós somos a habitação, a casa, do Espírito de Deus; Ele mora em nós e jamais vai embora! Na Antiga Aliança as pessoas não gozavam da presença constante do Espírito Santo; elas apenas experimentavam pequenas e rápidas “visitas” quando Ele vinha sobre elas a fim de realizar algo muito específico. Por isso que era comum naquela época pedir a Deus que não retirasse o Seu Espírito (Salmos 51:11). Em pleno Novo Pacto não faz mais sentido dizermos que o Espírito apenas nos “visita” ou pedirmos que Ele não saia, pois O mesmo faz morada para sempre em nossas vidas. Não tenham dúvidas: a Promessa feita em Joel 2:28 já está cumprida.
SOMOS ABENÇOADOS!
PS: Recomendo a leitura do texto: “Selados para sempre desde o ventre“. CLIQUE AQUI para ler.
A gratidão apraza a Deus
Por Cristiano França
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“A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus COM GRATIDÃO em vossos corações.” (Colossenses 3:16)
Todos os seres humanos possuem más obras na carne e a maioria das debilidades da natureza humana prejudica apenas a própria pessoa. Assim, se tivesse que diferenciar os defeitos carnais, eu os colocaria em duas classes: os que prejudicam apenas o “dono” do defeito e os que prejudicam também as outras pessoas. Estes últimos, em minha opinião, são incomparavelmente piores, pois envolvem terceiros. E nesta classe dos piores defeitos a INGRATIDÃO tem da minha parte um grande destaque. Em outras palavras: para mim, a falta de gratidão é um dos defeitos mais terríveis que uma pessoa pode ter, pois, além de denotar uma péssima índole, normalmente faz brotar muita tristeza no coração de quem deveria receber gratidão e fica privado dela.
A gratidão é uma bela qualidade que, assim como o perdão, traz grande empatia entre as pessoas e ativa sentimentos muito positivos. Não é por acaso que a Palavra do Senhor é muito enfática quanto a este assunto. E por causa desta ênfase da Palavra em relação à gratidão, eu diria que esta qualidade no homem é uma das que mais dão prazer ao coração do Senhor.
Uma pessoa que tem a gratidão como característica é alguém que sabe reconhecer o esforço alheio a seu favor e é humilde o suficiente para saber que nós precisamos uns dos outros. E isto em relação a Deus deve ser ainda mais intenso, uma vez que nenhum ser humano fará algo por nós como Deus já fez. Por isso a insistência de Paulo em falar sobre a gratidão e em orientar as igrejas a serem gratas ao Pai:
“Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ações de graças.” (Colossenses 2:7)
“Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus.” (2ª Coríntios 4:15)
“Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças que se dão a Deus.” (2ª Coríntios 9:12)
E não é somente Paulo que nos ensina a sermos gratos ao Senhor por todos os benefícios que Ele nos concedeu — e ainda concede:
“Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.” (Salmos 100:4)
Algo importante que devemos frisar é que a gratidão também é uma atitude de Fé, uma vez que devemos ser gratos desde o momento de nossas petições, ou seja, antes mesmo de vermos as bênçãos que pedimos ao Eterno serem manifestadas. O apóstolo Paulo deixa muito claro quando escreve aos Filipenses sobre a luta contra a ansiedade: a gratidão a Deus deve estar no coração assim que externamos ao Pai as nossas necessidades:
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Filipenses 4:6)
Nunca perca a oportunidade de agradecer o Senhor em TUDO (1ª Tessalonicenses 5:18), pois, como já dissemos, a gratidão é uma atitude de humildade e reconhecimento que certamente vem do homem interior (espírito) e por isso, sem dúvida alguma, agrada o nosso Pai. Portanto, jamais permitam que a carne os domine a ponto não serem gratos até mesmo pelas mais simples manifestações de Deus em suas vidas.
“E a paz de Deus (…) domine em vossos corações; e sede agradecidos.” (Colossenses 3:15)
OS OLHOS BONS
Por Cristiano França
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“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se OS TEUS OLHOS FOREM BONS, todo o teu corpo TERÁ LUZ.” (Mateus 6:22)
Em certa ocasião eu e minha esposa estávamos conversando a respeito das pessoas que são estudiosas da Bíblia, a leem com frequência, conhecem seus contextos históricos etc., mas não enxergam a Palavra revelada que se encontra nela. No meio da conversa ela me perguntou: “Será que essas pessoas leem REALMENTE a Bíblia? Afinal, como é possível uma pessoa ler os textos do apóstolo Paulo, tão claros em relação à Graça, e não enxergar este Evangelho?”. Ao que respondi: “O problema está nos olhos dessas pessoas: eles não estão iluminados”.
Se notarmos bem o que Jesus disse no versículo inicial deste texto, veremos que Ele relaciona os bons olhos com a luz. Ou seja, ter OLHOS BONS é o mesmo que ter ILUMINAÇÃO NELES. E a única forma de nós termos os nossos olhos iluminados é por meio do Evangelho que o Cristo Glorificado deu a Paulo no Terceiro Céu, pois se trata de uma revelação que não tem relação com doutrinas humanas:
“Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo.” (Gálatas 1:12)
Os olhos espirituais que estão cobertos pelo véu do deus deste século (que é Moisés e não um suposto “diabo” espiritual, como alguns afirmam) não conseguem enxergar a Palavra revelada:
“Mas os seus sentidos foram endurecidos (não enxergam); porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles (coração é a mente, o entendimento, os olhos espirituais). Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.” (2ª Coríntios 3:14-16)
Muitos, como dissemos no início do texto, leem a Bíblia, a conhecem profundamente em seu sentido histórico, são até líderes, mas não podem enxergar um palmo à frente dos olhos espirituais, pois o véu de Moisés (e da religiosidade em geral) os impede de ver.
De fato, como já foi dito, o Evangelho da Graça de Deus é o único instrumento do Espírito Santo para que haja a GENUÍNA ILUMINAÇÃO dos olhos espirituais das ovelhas do Pai:
“Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do Seu poder.” (Efésios 1:16-19)
Muitos irmãos já vieram até mim intrigados com o fato de as pessoas, em geral, não aderirem ao entendimento da Graça. Muitos já me disseram: “Abençoado, eu mostrei na Bíblia, preto no branco, a pessoa ficou sem argumento, mas não cedeu”. Uma das frases mais chocantes que já ouvi foi a seguinte: “Cristiano, pode estar escrito na Bíblia que eu não aceito”. Ou seja, se os olhos não estiverem bons (iluminados), nem o próprio texto bíblico, por si só, tem a capacidade de fazer alguém receber o entendimento da Graça.
Os que ― como nós ― já estão submetidos ao Evangelho da Graça o percebem como algo bastante óbvio. Por isso nos parece estranho quando alguém diz não crer na Palavra do Novo Pacto. Mas devemos entender que isto ocorre conosco, porque nossos olhos já são bons. Nossos corações já foram iluminados por Obra e Graça do Espírito de Deus em nossas vidas. Então, quando nos depararmos com pessoas que não entendem a Palavra da Graça devemos ter compaixão e buscar transmitir para elas o conhecimento com longanimidade (2ª Timóteo 4:2). E, assim como Paulo fez, interceder por elas, a fim de que o Senhor também as conceda o espírito de sabedoria e de revelação para o pleno conhecimento de Jesus Cristo Ressuscitado.
Paulo contra Jesus?
Por Cristiano França
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“Mas faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” (Gálatas 1:11 e 12)
Quem já vive em sua vida a Palavra da Graça sabe que o bom entendimento do Evangelho exige que separemos a mensagem de Paulo de todo o conteúdo restante da Bíblia. Por causa desta visão da Palavra, inclusive, muitas vezes fomos acusados de “adoradores de Paulo”, “anticristos”, entre outras bobagens.
É evidente que não adoramos a Paulo, muito menos somos “anticristos”. O próprio apóstolo dos gentios chama a atenção dos coríntios, pois parte daquela congregação se considerava pertencente a ele:
“…foi Paulo crucificado por vós?…” (1ª Coríntios 1:13)
Nós, diferentemente dos coríntios, temos plena consciência de que não pertencemos a Paulo. Ele não morreu por nós, não aniquilou o pecado, não é nosso “santo protetor” ou outras coisas heréticas semelhantes a estas. Nós sabemos que pertencemos AO OUTRO, isto é, ao Cristo Ressuscitado! E foi o próprio Paulo quem nos deixou este ensinamento:
“Assim também vós, meus irmãos, fostes mortos quanto à lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a Outro, a saber, Àquele que ressuscitou dentre os mortos a fim de que frutifiquemos para Deus.” (Romanos 7:4)
Há alguns anos, certo “pastor” disse que nós, por pregarmos a Palavra baseados na mensagem de Paulo, ensinamos a abolir “todos os ensinos de Jesus”. Conheço também outro líder religioso (que outrora disse defender o Evangelho da Graça) que afirmou que não prega mais a mensagem paulina, pois “prefere Jesus a Paulo”. Ambos os pensamentos são absurdos e explicarei o porquê: a primeira afirmação não faz sentido, pois quem nos acompanha sabe que valorizamos os ensinos de Jesus que constam nos livros históricos, desde que estes estejam devidamente em linha com a mensagem do Novo Pacto. Já pregamos diversas vezes sobre os ensinos de Jesus de Nazaré e aprendemos a distinguir as doutrinas do Nazareno que podem ser assimiladas por nós e as que são apenas para os judeus naquele momento — quando ainda estavam debaixo da Lei. Dizer também que não prega a mensagem de Paulo, pois “prefere Jesus de Nazaré” é, na verdade, uma total falta de argumentos para a regressão ministerial às obras da Lei, pois não é Paulo quem anula muitos dos ensinos do Nazareno; na verdade, é o próprio Jesus quem anula os ensinos de Jesus. O raciocínio ficou confuso? Vamos esclarecer.
Não é Paulo quem anula Jesus de Nazaré. É o próprio Jesus (Ressuscitado) quem invalida muitos de Seus ensinos ministrados nos dias de Sua carne. Não podemos nos esquecer de que a revelação que Paulo ministrava foi entregue a ele por Jesus Cristo Ressuscitado (leia novamente o versículo inicial deste texto antes de continuar). Neste caso, os ensinos de Jesus de Nazaré específicos para os judeus que estavam debaixo da Lei se tornaram ultrapassados e, consequentemente, superados por tudo que Jesus mesmo ensinou a Paulo. Em outras palavras, os ensinos sobre a Graça que o apóstolo nos deixou são os ensinos de Jesus, na verdade.
Em suma: não existe esta ideia de “Paulo contra Jesus”. O correto é Jesus Ressuscitado contra Jesus de Nazaré. E nós que vivemos neste período pós-cruz devemos pertencer ao Ressurreto, seguir a Sua revelação (o Evangelho da Graça) e reter apenas o que é bom de tudo que o Nazareno ensinou aos hebreus durante Seu ministério terreno.
SOMOS ABENÇOADOS!
Selados para sempre desde o ventre
Por Cristiano França
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“No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, FOSTES SELADOS com o Espírito Santo da promessa.” (Efésios 1:13)
Devido à ausência de entendimento da Palavra e por falta de contextualização dos textos e tempos bíblicos, muitas heresias foram criadas ao longo dos séculos de cristianismo. E desde que Deus fez chegar o Evangelho da Graça até minha vida que tenho procurado dar a minha contribuição ao Seu Reino no que se refere à libertação do povo do Senhor das garras da mentira e da cegueira espiritual.
Na época em que eu ainda vivia no meio do lamaçal de mentiras que é o sistema religioso “cristão”, muitas vezes eu me julguei incapaz e inferior por supor que quem falava em “línguas”, pulava, rodopiava, suava e gritava na igreja era “mais santo” ou tinha “mais intimidade com Deus”. Assim, eu e certamente muitos outros irmãos vivíamos numa busca incessante pela “presença do Espírito Santo” em nós, como se O mesmo já não estivesse presente em nossas vidas desde o ventre de nossas mães.
Uma das maiores heresias já criadas é a maldição chamada de “pentecostalismo”. O sistema pentecostal foi o responsável por inserir na mente do povo a ideia de que Deus ainda não cumpriu Sua promessa de derramar Seu Espírito sobre toda a carne (isto é, sobre todas as etnias). Nós, ao contrário, temos A CERTEZA de que Deus não falhou em Sua promessa e que Ele, nesta Nova Aliança, já outorgou seu Espírito a todo Seu povo escolhido (Romanos 5:5).
Sabemos que, obviamente, o Espírito Santo não habitava em ninguém na Antiga Aliança devido à presença do pecado no mundo. O Espírito do Senhor vinha, muitas vezes sobre Seus profetas e juízes (Números 24:2; Juízes 3:10) apenas para cumprir um propósito específico e depois retirava-Se. Então, Deus prometeu:
“Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne…” (Joel 2:28).
Este “depois” se referia à Nova Aliança que já foi inaugurada. Ou seja, a promessa de Deus JÁ É UMA REALIDADE, pois estamos no Novo Pacto, o pacto dos bens já realizados:
“Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados…” (Hebreus 9:11 ― versão Almeida Revisada Imprensa Bíblica)
“Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes…” (Hebreus 9:11 ― versão Nova Versão Internacional)
Ora, a presença do Espírito Santo em nós faz parte desses bens já realizados! Por isso, nós temos certeza absoluta de que todas os eleitos do Senhor que nasceram nesta Nova Aliança, JÁ NASCERAM SELADOS COM O ESPÍRITO DA PROMESSA, pois já se formaram no ventre materno com o Novo Pacto estabelecido. Logo, esta doutrina ensinada pelos “pentecostais” e “neopentecostais” (e até por alguns segmentos mais tradicionais), dando conta de que os filhos de Deus ainda têm que “buscar o Espírito Santo”, é uma das maiores e mais destruidoras fraudes que surgiram no cristianismo moderno.
Antes, porém, de encerrar o texto é importante explicar algo. Ao lermos o versículo de abertura deste texto, aparentemente encontramos algo que contraria o que dissemos até agora. Isto porque, em Efésios 1:13, Paulo diz que a Igreja precisou OUVIR o Evangelho para ser selada. Ora, se é preciso ouvir a Palavra para recebermos o Espírito, como nós já nascemos selados? Na História também encontramos aparentes contradições à presença do Espírito Santo em nós desde o ventre materno. Em Atos dos Apóstolos nós vemos Paulo impondo as mãos sobre algumas pessoas para que o Espírito Santo habitasse nelas (Atos 19:6). É aqui que muitos se confundem e criam doutrinas estranhas à Revelação da Palavra. Para entendermos isto é importante compreendermos que a experiência da Igreja primitiva é totalmente diferente da Igreja atual. Como já vimos, o Espírito Santo antes da cruz não habitava em ninguém, porque Cristo ainda não havia aniquilado o pecado (Hebreus 9:26). E se observarmos bem, o povo da Igreja primitiva (que aparece em Atos e nas epístolas) era composto de pessoas que tinham nascido AINDA NO PERÍODO ANTERIOR À CRUZ, onde a Lei ainda não tinha sido abolida (cumprida por Cristo) e as Promessas ainda não tinham sido liberadas. Então, a principal diferença entre nós (Igreja atual) e o povo da época de Paulo é que nós já nascemos com a Nova Aliança estabelecida e eles NÃO. Como a Igreja primitiva viveu este período de transição da Lei para a Graça, eles precisaram ouvir o Evangelho para serem selados, pois tinham nascido ainda sem que o derramamento do Espírito tivesse se concretizado.
Deus começou a cumprir Sua promessa do derramamento do Espírito Santo logo após a cruz, onde os judeus O receberam no Dia de Pentecostes e os gentios pouco tempo depois. Hoje, porém, a promessa já é uma realidade. Nós não temos mais que buscar ou lutar para termos o Espírito Santo, pois desde o ventre materno Ele está em nós. E este selo que temos desde o ventre materno nos garante a nossa eternidade, pois os eleitos de Deus foram selados para o Dia da Redenção ― que para nós (Igreja atual) se dará quando deixarmos nossos corpos atuais para recebermos o corpo glorificado e redimido que nos foi prometido:
“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o Dia da Redenção.” (Efésios 4:30)
“Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso…” (Filipenses 3:21)
SOMOS ABENÇOADOS!
Por que devemos deixar as obras da Lei?
Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
“Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” (Gálatas 3:10)
A resposta para a pergunta do tema parece óbvia, principalmente quando lemos este versículo utilizado no início do texto. Nele, Paulo deixa claro: quem está envolvido com as obras da Lei, seja um só requisito dela, está debaixo de maldição.
Apesar da obviedade da resposta, muitos acham “normal” manter certas práticas oriundas da Lei em suas vidas. Há alguns anos recebi um contato via e-mail de um pastor que dizia “pregar a Graça”. Em sua mensagem ele disse que apesar de conhecer a Graça ― e até defender alguns pontos em suas ministrações ― “não via problemas” em fazer uma “Santa Ceia” na sua congregação. Ele disse também que apesar de o batismo nas águas ter sido superado na cruz (note que ele conhecia a verdade), ele “não via problemas” em “batizar” uma pessoa que lhe pedisse para ser submetida às águas. Enfim, este pastor é mais um dos muitos que dizem pregar a Graça, mas fazem diversas concessões legalistas a fim de agradar às pessoas. A Palavra é muito clara sobre isto:
“Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1:10)
Neste caso, concluo que tais líderes que querem agradar a “gregos e troianos” não são verdadeiramente servos de Cristo, mas, sim, servos de homens.
Ainda sobre este pastor citado, ele disse que podemos estar em Graça e ainda assim praticarmos as cerimônias, pois isto não impedia de vivermos plenamente o Novo Pacto. Ele, inclusive, me acusou de ser um “legalista da Graça”, pois, segundo suas palavras, eu “proibia” as pessoas de praticarem as cerimônias.
É evidente que não vivemos em proibições. Sendo assim, o fato de não praticarmos nenhuma cerimônia da Lei (e nenhuma das práticas religiosas atuais que são inspiradas em seus conceitos) não é questão de “legalismo” nosso, mas, sim, de revelação. Ou seja: uma vez que nossos olhos foram iluminados, o fim da prática do cerimonialismo é apenas uma consequência deste nosso conhecimento.
Devemos abandonar as obras da Lei (e as práticas baseadas ou derivadas dela), porque se praticarmos um requisito sequer, estaremos obrigados a viver em todos:
“E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei.” (Gálatas 5:3)
A maldição da Lei pode não refletir — de forma aparente — na vida cotidiana das pessoas no mundo hoje, mas certamente afetará a nossa vida futura. Podemos inferir isto, pois a maldição das obras da Lei certamente afetará o Galardão no porvir. Afinal, a Salvação eterna é pela Graça, sem obras, e já nos foi dada; mas a recompensa que os eleitos receberão de Deus virá das práticas que realizarem nesta vida (2ª Coríntios 5:10). Desta maneira, quem possui obras sem valor (de “madeira, feno e palha.” — 1ª Coríntios 3:12 ao 15) sofrerá prejuízo, pois terá seus supostos méritos consumidos pelo “fogo” do Juízo de Deus; por outro lado, quem tem obras valorosas (de “ouro, prata e pedras preciosas”, isto é, fundamentadas no genuíno Evangelho) “…esse receberá galardão.” (1ª Coríntios 3:14).
SOMOS ABENÇOADOS!